11 de Julho de 2018
SÃO PETERSBURGO (Rússia) - Depois de 20 anos, a França saboreava a primeira conquista da Copa do Mundo em casa. Agora, tem a chance de erguer a taça mais importante do futebol novamente, como visitante. Se a conquista de Napoelão falhou na conquista da Rússia, é Didier Deschamps, líder daquele time de 1998, que comanda a campanha finalista dos Bleus no Mundial.
Vitória de 1 a 0 nesta terça-feira (10), na Arena São Petersburgo, perante uma Bélgica que teve jogadores apagados, como Romelu Lukaku. Triunfo magro, com gol de cabeça de Umtiti, mas não importa. O que vale é o passaporte para a decisão no dia 15 de julho, no Luzhniki. Agora é esperar por Inglaterra x Croácia para estudar o adversário da finalíssima.
O JOGO
Marcação cerrada, poucos espaços e busca por lançamentos em profundidade. Num time de gigantes, era preciso notar os jogos dos baixinhos Eden Hazard, Kanté e Griezmann. Foram os personagens do primeiro tempo, além dos dois goleiros, esses sim, altos como jogadores de NBA.
Do lado da Bélgica, o técnico Roberto Martínez mudou uma peça - de forma obrigatória - em relação ao time que venceu o Brasil por 2 a 1. Saiu o lateral Meunier, suspenso, para entrar o volante Moussa Dembelé. Desta feita, Chadli foi para a lateral.
Didier Deschamps manteve seu time intacto, e viu a seleçao francesa começar com mais perigo, principalmente na velocidade de Mbappé, que apertava a saída de bola. Mas quem mais esteve perto de abrir o placar no primeiro tempo foram os Diabos Vermelhos.
Hazard era a fonte de inspiração, em dribles de futebol de salão, para limpar a marcação e chutar a gol. A bola só não entrou pois Varane - ao contrário de Fernandinho - desviou certamente para fora do próprio alvo.
Com Giroud e Mbappé sem grandes chances de atacar, Kanté era quem roubava a bola no meio de campo e entregava para Griezmann descobrir espaços na intermediária de ataque. O camisa 7 dos Bleus arriscava sempre que podia, mas hora achava Courtois bem colocado, ora era a perna direita - ele é canhoto - a tentar castigar o adversário, sem efeito.
FELLAINI, CADÊ VOCÊ?
Um jogo que prometia entregar muito chegou ao seu ápice no início do segundo tempo. Se a técnica não resolvia, era a vez da bola aérea dar um jeito no placar zerado. Antes dos 10 minutos, a França conseguiu abater Courtois pelo alto.
Escanteio cobrado no primeiro poste, e o gigante Fellaini saltou tarde demais. Dez centímetros mais baixo que ele, o zagueiro Umtiti antecipou a marcação e mandou pras redes, numa bola na qual o volante belga chegou a dividir, mas sem tocar certo na bola.
O erro de Fellaini resultou em penalização, mas para a nação belga, que precisou vê-lo em campo, dando as costumeiras pixotadas no ataque, na defesa, pelo meio e pelo alto.
A França, com o resultado que lhe devolvia à uma final de Copa, esperou na retaguarda. E conseguia neutralizar o time de Martínez, com o centroavante Lukaku como mero espectador da partida.
O camisa 9 até teve uma chance de se redimir, mas a bola lançada por De Bruyne passou alguns milímetros do que poderia ser o gol do empate. Empate esse que o próprio vilão Fellaini ficou perto de executar, ao assustar Lloris de cabeça.
Mas quem dominou as principais ações, principalmente na reta final na qual a Bélgica já não sabia o que era tática, foi a França. Mbappé preferiu perder tempo, cavar faltas, atrasar o relógio. E Tolisso, no lugar de Matuidi, teve a bola para matar a partida em
No fim, atrasado nas substituições, a Bélgica ficou no quase, e a França, com seus negros, brancos e marrons maravilhosos, estará no Luzhniki Stadium, na final, palco que receberá nesta quarta-feira, Inglaterra x Croácia, pela outra semifinal.
FRANÇA 1X0 BÉLGICA
França: Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Lucas Hernández; Kanté, Matuidi (Tolisso) e Pogba; Mbappé, Giroud e Griezmann. Técnico: Didier Deschamps.
Bélgica: Courtois; Chadli (Batshuayi), Alderweidel, Kompany e Vertoghen; Witsel, Dembelé (Mertens) e Fellaini (Carrasco); Eden Hazard, De Bruyne e Lukaku. Técnico: Roberto Martínez.
Gol: Samuel Umtiti, aos 6'/2ºT
Arbitragem: Andres Cunha, auxiliado por Nicolas Taran e Mauricio Espinosa. Trio do Uruguai.
Cartões amarelos: Alderweireld, Hazard (BEL); Kanté e Mbappé (FRA)
Local: Arena São Petersburgo, Rússia
Público: 64.286