16 de Fevereiro de 2016
Em reunião na noite desta segunda-feira com líderes da base aliada no Senado, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo para que os senadores ajudem a aprovar matérias que ajudem o governo fazer caixa para manter um nível mínimo de investimento em programas prioritários de infraestrutura e no campo social. Na conversa, Dilma disse que o governo precisa de novas fontes de receita, e que a CPMF, no momento, é a única alternativa. E sem CPMF, disse, o governo terá que recorrer ao aumento de outros impostos já existentes.
Sobre a polêmica reforma da Previdência, Dilma disse que o projeto só será votado quando tiver ajuda da oposição e convergência com partidos da base. Segundo senadores presentes, também ficou entendido que o governo irá trabalhar pela aprovação do projeto de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que flexibiliza a participação da Petrobras na exploração do pré-sal. Todos esses temas foram discutidos para serem encaminhados pelos líderes na reunião marcada quarta-feira com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
— O ano chinês começa hoje e, no Brasil, o ano só começa depois do carnaval. Então precisamos começar a agir, votar as matérias e buscar soluções — disse a presidente Dilma Rousseff, ao abrir a reunião com os senadores.
Segundo os senadores presentes, Dilma deu a entender que a possibilidade de aprovação do impeachment é um assunto já superado. Mas mostrou muita preocupação com o agravamento da crise econômica e a falta de dinheiro para tocar o governo.
— Só notícia boa na reunião. O governo quer dinheiro para pagar as contas. (Sobre) a CPMF, a presidente Dilma quer para ontem. Acha que já tem o apoio dos governadores depois de definir a partilha com estados e municípios. Mas esse é um assunto que tem que ser amadurecido no Congresso, principalmente em ano eleitoral. Ou aprova já, ou não aprova mais — disse o líder do PP, senador Wellington Fagundes (MT).
— O governo precisa estancar os gastos, mas não tem mais onde cortar. Vamos continuar perseguindo o corte de despesas e buscar fontes de receita. E a única fonte nova de receita hoje é a CPMF. Se não aprovar a CPMF vamos ter que buscar outras fontes com o aumento de carga já existente — disse Dilma na reunião.