18 de Novembro de 2015
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta terça-feira (17) que a recuperação do Rio Doce, que será elaborado pelo governo em parceria com os governos de Minas Gerais e Espírito Santo, poderá levar pelo menos 10 anos.
Após reunião com governadores de Minas Gerais e Espírito Santo, a presidente Dilma Rousseff informou que anunciará um plano conjunto de recuperação do rio. Ela não deu, porém, detalhes sobre esse projeto e disse que a Advocacia-Geral da União se reuniria com procuradores dos dois estados para avaliar questões “legais”.
“Sabemos que a parte de répteis e peixes, o que foi impactado foi perdido. Recuperação de peixes tem que fazer estudo das espécies [...]. Os especialistas terão que dizer quanto tempo leva. Além da recuperação de nascentes, que são estruturantes para a manutenção da qualidade ambiental na bacia. Certamente, é um projeto de longo prazo e, quanto falo de longo prazo, é pelo menos um projeto de uma década”, disse Izabella Teixeira.
No útimo dia 5, a barragem de Fundão se rompeu e provocou um “tsunami” de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues e varreu outros distritos da região central de Minas Gerais. A lama atingiu o Rio Doce, provocando a morte de peixes e prejudicando o abastecimento de água em cidades banhadas pelo rio. Até esta segunda, 12 pessoas seguiam desaparecidas, sendo nove funcionários da Samarco e três moradores de Bento Rodrigues.
De acordo com a ministra do Meio Ambiente, a quantidade de lama produzida com o rompimento da barragem é “equivalente a dez lagoas Rodrigo de Freitas”, em referência a lagoa da Zona Zul do Rio de Janeiro.
'A maior catástrofe do país'
“O que está sendo feito são ações para conter a lama. Temos que avaliar o solo, que será sedimentado. Há um trabalho imenso pela frente nesse plano de recuperação. Não é uma proposta de curto prazo, tem que ter um modelo de governança. Isso não está circunscrito a um ou dois anos. O desastre é enorme. É a maior catástrofe do país”, disse