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Especialistas defendem vacina contra HPV para homens.

22 de Maio de 2015

Homens também são vítimas de cânceres causados pelo vírus HPV e, portanto, deveriam ser vacinados. É o que defendeu a pesquisadora americana Ana Giuliano no 10º Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis e 6º Congresso Brasileiro de DST/Aids, em São Paulo.



 



"Espero que o Brasil inclua os meninos em seu programa de vacinação", afirmou Giuliano, que é autora de um dos principais estudos já feitos sobre a infecção pelo vírus na população masculina, o HIM (HPV In Men), que incluiu voluntários americanos, mexicanos e brasileiros. A pesquisadora mostrou que os homens gays seriam os maiores beneficiados em razão das altas taxas de câncer no ânus relacionados ao HPV, mas ressaltou que todos os meninos devem ser incluídos.



Existem dezenas de tipos de vírus HPV, que é considerada a mais comum das DSTs. Os de baixo risco causam somente incômodas verrugas genitais. Já os mais perigosos – 16 e 18 – podem provocar lesões que evoluem para câncer em diferentes órgãos, como colo do útero, ânus, pênis e boca. Estima-se que 5% dos cânceres humanos sejam relacionados ao HPV.



 



A vacina, que protege contra os dois tipos mais temidos, existe desde 2006. Mas só em 2014 o SUS começou a oferecê-la, focando um dos cânceres mais frequentes: o de colo de útero. Foi liberada inicialmente apenas para meninas pré-adolescentes, já que o máximo benefício da vacina é obtido em quem ainda não se expôs ao vírus, ou seja, não iniciou a vida sexual. No começo deste ano, a vacina foi estendida a mulheres de até 26 anos portadoras do HIV, já que o risco de câncer de colo é cinco vezes maior neste grupo.



 



No entanto, a vacina também pode ser usada em meninos. Em seu site de perguntas e respostas sobre a vacina, o Ministério da Saúde explica por que os garotos foram excluídos: "Como o objetivo desta estratégia de vacinação é reduzir câncer de colo do útero, será restrita ao sexo feminino. Estudos comprovam que os meninos passam a ser protegidos indiretamente com a vacinação no grupo feminino (imunidade coletiva), havendo drástica redução na transmissão de verrugas genitais entre homens."

No entanto, a vacinação de meninos é recomendada no calendário vacinal da Sociedade Brasileira de Pediatria, que é referência para a prática médica privada.



 



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