16 de Janeiro de 2015
O delegado Sebastião Mazzaron Filho, que investiga o assassinato da empresária Cristiane Cardoso Munari, de 32 anos, emBatatais (SP), afirmou que um dos suspeitos do crime, que está foragido, era cliente da farmácia da qual a vítima era proprietária. Além disso, Mazzaron Filho disse que um dos dois rapazes presos nesta quarta-feira (14) chegou a se aproximar do local dos fatos, logo após o latrocínio, para conferir se a bolsa da vítima havia sido levada pelos comparsas. Outros dois homens, de 22 e 30 anos, permanecem foragidos.
Cristiane, que era farmacêutica e dona de uma farmácia, morreu baleada no tórax dentro do carro, próximo a um semáforo na Rua Arthur Lopes de Oliveira, enquanto transportava um malote com R$ 67 mil ao banco no dia 29 de dezembro. Câmeras de segurança registraram a ação, com envolvimento de dois assaltantes em uma motocicleta. Sem anunciar o assalto, a dupla disparou contra a vítima e fugiu com todo o dinheiro.
Segundo o delegado, um dos rapazes presos nesta quarta, de 21 anos, foi responsável por planejar o roubo, enquanto o outro, também de 21 anos, emprestou a motocicleta utilizada no crime. Os dois são cunhados. “Não descartamos que tenha mais alguém que participou da elaboração do roubo, mas não entrou na divisão do dinheiro", afirmou.
Um dos detidos teria voltado à cena do crime depois que seus comparsas mataram e roubaram a vítima. “Tem uma filmagem que mostra um deles, agindo como uma pessoa normal, indo até o carro da Cristiane, do lado do passageiro, como se tivesse vendo o que aconteceu, para ver se tinham pegado a bolsa da moça."
Para os investigadores, foi ele quem planejou o roubo. “O crime foi bem organizado e mal executado. Porque não havia necessidade de matá-la, ela não oferecia nenhuma resistência."
Apesar de apenas dois dos quatro suspeitos terem atuado diretamente no roubo e disparado contra a empresária, todos responderão por latrocínio, confirmou o delegado. “Um puxou o gatilho, mas os outros três também têm a responsabilidade na morte, uma vez que assumiram o risco disso”, explicou.
Sobre os foragidos, Mazzaron Filho disse que foi procurado pelo advogado de um deles, afirmando que o cliente deseja se entregar e negociar a prisão.