13 de Novembro de 2014
Entre dez e 15 ministros de Estado iniciaram os pedidos de demissão, em um movimento de colocar os cargos à disposição da presidente Dilma Rousseff para iniciar a reforma ministerial.
Nesta quarta-feira (12), a Casa Civil informou que já recebeu algumas cartas de demissão. Alguns documentos, no entanto, estão sendo enviados diretamente para o gabinete de Dilma.
Por isso, o governo decidiu que não vai confirmar de quem são as cartas e caberá aos próprios ministros anunciarem a decisão de entregar o cargo.
Os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil),Mauro Borges (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Manoel Dias (Trabalho) confirmaram que farão os pedidos de desligamento.
Mercadante informou, por meio da assessoria de imprensa, que escreveu a carta de demissão, mas vai entregá-la diretamente à presidente quando ela voltar de viagem.
Dilma está no Catar, a caminho da Austrália, onde vai participar da reunião do G20 no fim desta semana. Quando voltar, também vai receber a carta de demissão do ministro Manoel Dias, que pretende colocar o cargo à disposição na próxima terça-feira (18).
Os ministros Henrique Paim (Educação) e José Eduardo Cardozo (Justiça), também já avisaram a Casa Civil que os cargos estão à dispoisção da presidente. O advogado-geral da União, Luis Adms, confirmou que vai entregar a carta de demissão, mas não disse quando.
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo acompanha a presidente Dilma na viagem internacional e, segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, não deixou nenhuma carta ou orientação sobre a demissão.
Além deles, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, também pediu demissão nesta terça-feira (11). Os pedidos de desligamento são praxe no fim do mandato do presidente da República. A intenção é evitar constrangimentos e deixar a chefe do Planalto à vontade para realizar a reforma ministerial e nomear o novo time do primeiro escalão.
Por isso, mesmo entregando os cargos, os ministros devem permanecer à frente das pastas até o fim do ano. A mudança deve ocorrer no início do segundo mandato da presidente Dilma, que começa no dia 1º de janeiro de 2015.
A exceção é Marta Suplicy, que deixa o Ministério da Cultura para reassumir seu mandato no Senado Federal ainda este ano.