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Altinópolis, Terça-Feira, 26 de Novembro de 2024
Bancários decidem pelo fim da greve em parte do País após quase uma semana de paralisação

07 de Outubro de 2014

Após quase uma semana de paralisação, os bancários em parte do País decidiram encerrar a greve nesta segunda (6) e já retornam ao trabalho nesta terça-feira (7). No período, 10.355 agências e centros administrativos foram fechados. Um dos primeiros a decidir pelo retorno foram os bancários de São Paulo. Para a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, a greve mobilizou os trabalhadores e fez com que os bancos mudassem sua posição inicial.



Em São Paulo, Porto Alegre e Paraná, a categoria aceitou a última proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) que previa um índice de reajuste de 7,35% para 8,5% (um aumento real de 2,02%) nos salários e nas outras verbas salariais. Nos pisos, o aumento será de 9% e no vale-refeição, 12,2%.



A maioria das assembleias também aprovou as propostas específicas apresentadas pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, informou o Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).



Em Porto Alegre, Curitiba, Paraíba e Roraima, as propostas do Banco do Brasil foram rejeitadas. Já as propostas da Caixa foram rejeitadas em Florianópolis, Bahia, Piauí, Amapá e Roraima. A greve também continua no BNB e no Banco da Amazônia. As assembleias dos estados onde os dois bancos atuam rejeitaram a proposta. Desta forma, haverá novas assembleias na terça-feira (7).



Segundo o presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Carlos Cordeiro, a paralisação foi decisiva para se chegar à proposta apresentada pela Fenaban.



— Consideramos as propostas positivas, conquistadas com muita mobilização. No Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, os 9% de reajuste no piso vão impactar nas curvas dos planos de cargos e salários.



Aprovado o fim da greve, a categoria vai compensar os dias parados. Quem tem jornada de seis horas, vai trabalhar uma hora por dia entre os dias 15 de outubro e 31 de outubro. Quem trabalha oito horas, deve compensar entre 15 de outubro e 7 de novembro.



Proposta



Ainda segundo a Contraf, os bancos também irão incluir o compromisso no acordo coletivo da categoria de que "o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho", em relação à pressão de metas por resultados. A cobrança aos trabalhadores não poderá ser feita mais por nenhum meio digital, como por SMS.



Relembre 



Os bancários negociam um novo acordo trabalhista todo ano a partir do dia 1º de setembro (a data-base do acordo coletivo). A greve do ano passado, em outubro, durou 23 dias e chegou ao fim após a Fenaban oferecer reajuste de 8% nos salários com aumento real de 1,82%.



A CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) apelou na época pelo fim da greve, temendo a perda de lucro no comércio.



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