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Altinópolis, Quarta-Feira, 27 de Novembro de 2024
Execuções e ameaças espalham medo entre agentes penitenciários em São Paulo

10 de Setembro de 2014

O clima entre os agentes penitenciários é de medo. Os funcionários, que lidam diretamente com os presos, relatam ameaças dentro e fora dos presídios. Na manhã de terça-feira, dois casos ajudaram a escancarar o problema: um carcereiro ficou gravemente ferido após uma explosão em Valparaíso, no interior do Estado, e outro morreu com seis tiros em Osasco, na região metropolitana.



Agnaldo Barbosa Lima foi abordado quando saía de casa para trabalhar no CDP 2 (Centro de Detenção Provisória), de Osasco. Ele estava há dois meses trabalhando na unidade. Segundo amigos da vítima, o agente foi baleado pelas costas quando falava com a mulher ao celular. O tiro pegou na nuca, nenhum pertence foi roubado.



R7 recebeu denúncias de agentes penitenciários se queixando de uma possível “perseguição do crime organizado”. Representantes da categoria reforçam a tese.



"Nós sempre fomos alvos", afirma Ismael dos Santos, diretor do Sindasp (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo).



Segundo ele, os carcereiros sofrem retaliação sempre que ocorre alguma transferência de presos ou medida que “desagrade aos líderes das facções”.



— Apesar de o governo não nos reconhecer como polícia, o crime reconhece. E somos executados como tais. Qualquer represália, eles descontam nos funcionários das penitenciárias.



A categoria se diz vítima, inclusive, da lei que proíbe a revista íntima nos presídios.



— Só em Valparaíso, encontraram cinco quilos de pólvora. Imagine o que não existe por aí. Pólvora não é uma coisa que detector de metal pega.



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