09 de Setembro de 2014
Três adolescentes que passaram mal após terem sido vacinadas contra o HPVcontinuavam internadas em hospital de Santos, litoral de São Paulo, nesta segunda-feira (8). Por enquanto, não há previsão de alta.
Pelo menos dez adolescentes de uma escola pública de Bertioga se queixaram de reação à segunda dose da vacina contra o papilomavírus (HPV), aplicada na última quinta-feira (4), em um grupo de estudantes.
Logo após a aplicação, as meninas deram entrada no pronto-socorro de Bertioga com queixas de dor de cabeça e dificuldades para caminhar, já que não sentiam as pernas. Oito estudantes tiveram alta no mesmo dia, mas três continuavam com os sintomas, sendo transferidas primeiramente para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, e depois para o Guilherme Álvaro, que é uma unidade estadual, considerada de referência para a região.
De acordo com a mãe de Natália, de 13 anos de idade, a adolescente está paralisada da cintura para baixo. A menina foi levada ao hospital, após tomar a vacina, teve alta, mas precisou retornar ao local. Natalia e as outras duas meninas, que estão internadas, ambas de 12 anos de idade, sentem os mesmos sintomas: tremedeira, fortes dores de cabeça e falta de sensibilidade nas pernas.
Segundo hospital, elas passaram por testes com agulhas para medir a sensibilidade das pernas.
Às vésperas de campanha nacional, vacina contra HPV ainda gera polêmica entre especialistas
A Secretaria Estadual de Saúde está acompanhando de perto os casos das 11 jovens e já descartou qualquer problema com o lote de vacinas utilizado em Bertioga. De acordo com a responsável pelo setor de Imunizações da secretaria, Helena Sato, a vacinação contra o HPV vai continuar em todo o Estado. Ela disse que não há nenhuma associação dos sintomas apresentados pelas adolescentes de Bertioga com a aplicação da vacina, uma vez que o mesmo lote, composto por 320 mil doses, vem sendo aplicado desde o início do mês em estudantes de todo o Estado de São Paulo.