13 de Agosto de 2014
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, divulgou nesta terça-feira (12) os primeiros resultados do acordo feito em 2011, entre o ministério e a Abia (Associação das Indústrias da Alimentação), com o objetivo de reduzir a quantidade de sódio nos alimentos industrializados.
Em um ano, foram retiradas 1.295 toneladas de sódio das bisnaguinhas, pães de forma e macarrões instantâneos. E até o fim de 2014, a Abia pretende reduzir 1,8 mil toneladas da substância nos alimentos produzidos.
O grande objetivo da parceria é cortar 28 mil toneladas das refeições dos brasileiros até 2020. O ministro Arthur Chioro também pretende conter as mortes por acidentes cardiovasculares.
— Com apenas três tipos de alimentos, já conseguimos retirar mais de 1,2 milhão de tonelada de sódio das prateleiras. Com os quatro acordos, esperamos chegar a 28 mil toneladas em 2020 e, com isso, reduzir as mortes por acidentes vasculares cerebrais em 15% e os óbitos por infarto em 10%.
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Riscos
O consumo excessivo de sódio pode causar doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol e aumento da pressão arterial. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o consumo máximo de 5 gramas de sal diários. Porém, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirma que o brasileiro consome mais do que o dobro do recomendado, chegando a ingerir 12 gramas por dia.
Os acordos de redução de sódio em alimentos industrializados fazem parte de uma série de ações para reduzir em 25% a mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis até 2022. As análises do Ministério da Saúde mostram também que não só as empresas que aderiram ao acordo reduziram o teor de sódio.
“No longo prazo, teremos efeitos mais claros, mas as pessoas já se beneficiam imediatamente da redução do sal nos alimentos; encontramos redução semelhante nos outros produtos, mostrando que a tendência acabou tomando o mercado como um todo”, diz Deborah Malta, diretora de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde.