14 de Julho de 2014
Luiz Felipe Scolari não é mais o técnico da seleção brasileira de futebol. A Confederação Brasileira de Futebol tomou a decisão durante a tarde deste domingo e definiu que Felipão não fica no cargo. Dois dirigentes que conversaram com José Maria Marin, presidente, e Marco Polo Del Nero, vice e futuro mandatário, ouviram que o treinador será sacado. Segundo os relatos, a cúpula da CBF afirmou que a situação ficou insustentável depois da derrota para a Holanda, na disputa pelo terceiro lugar da Copa do Mundo. A entidade informa que irá se pronunciar nesta segunda-feira.
"Após do jogo Marin e Del Nero tomaram a decisão. Não houve um anúncio formal para as federações, mas os presidentes já sabem", afirmou Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense de Futebol e vice-presidente eleito da CBF para a gestão que inicia em 2015 e tem Del Nero como presidente.
O coordenador técnico Carlos Alberto Parreira também não faz mais parte da comissão técnica da equipe. A informação sobre a mudança foi dada inicialmente pela TV Globo.
O auxiliar técnico Flávio Murtosa, o preparador de goleiros Carlos Pracidelli e o preparador físico Anselmo Sbragia, todos ligados a Scolari, também saíram.
Luiz Felipe Scolari já havia afirmado que colocaria o cargo à disposição da CBF, independentemente do resultado na Copa do Mundo, ao final da participação do Brasil no torneio. A data corresponde o fim do contrato dele com a entidade.
O treinador, após a derrota para a Holanda na disputa pelo terceiro lugar da Copa, não quis falar sobre o futuro abertamente. Apesar de não ter recebido apoio público com ênfase no discurso dos jogadores, recebeu o abraço simbólico de Neymar, que invadiu a última entrevista coletiva para isso.
O Brasil de Felipão não conseguiu produzir bom futebol nessa Copa do Mundo. Estreou jogando mal contra a Croácia e dependeu de grandes atuações individuais de David Luiz, Oscar e Neymar para não perder a primeira partida. Depois, continuou irregular contra México e Camarões. Nas oitavas de final, jogou menos do que o Chile e dependeu dos pênaltis para passar. Contra a Colômbia, fez atuação boa na primeira etapa e conseguiu definir a partida, antes do inexplicável massacre alemão, por 7 a 1, no Mineirão.